O primeiro PlayStation foi um divisor de águas na indústria dos games. Com seu poder gráfico para a época e uma biblioteca recheada de clássicos, o PS1 marcou gerações. Mas em 2025, revisitar certos títulos pode ser um desafio: gráficos toscos, jogabilidade travada, câmeras rebeldes e sistemas ultrapassados. Ainda assim, esses jogos continuam vivos na memória e no coração dos jogadores.
Aqui estão alguns títulos do PS1 que envelheceram mal tecnicamente, mas ainda têm um lugar cativo na nossa nostalgia.
Resident Evil (1996)
O jogo que definiu o gênero survival horror causou calafrios com sua atmosfera sombria e sustos memoráveis. Em 2025, os controles estilo “tanque”, as câmeras fixas e os gráficos pré-renderizados entregam sua idade com facilidade. No entanto, a ambientação única, o som assustador e cenas icônicas — como o ataque do cachorro na janela — continuam sendo marcos da história dos games.

Tomb Raider
Lara Croft se tornou um ícone dos anos 90, mas sua estreia nos games não envelheceu com a mesma glória. Os gráficos poligonais, o sistema de movimentação rígido e os puzzles pouco intuitivos testam a paciência. Apesar disso, o senso de exploração e as tumbas misteriosas ainda fascinam os fãs da arqueóloga mais famosa dos videogames.

Final Fantasy VII
Um dos RPGs mais importantes da história, mas tecnicamente datado. Os modelos dos personagens são desproporcionais, os cenários são estáticos e as animações são simplificadas. Contudo, a história de Cloud, Aerith e Sephiroth é tão poderosa que compensa qualquer limitação visual. A música composta por Nobuo Uematsu ainda emociona profundamente.
Metal Gear Solid
Metal Gear Solid trouxe narrativa cinematográfica como nunca antes vista nos games. Mas em termos gráficos, os rostos sem expressão e a movimentação limitada entregam o peso dos anos. Ainda assim, o roteiro, as reviravoltas e a inteligência do design continuam sendo referência.

Silent Hill
A névoa opressiva e o terror psicológico marcaram época. Porém, os controles engessados, a câmera fixa e os visuais borrados dificultam a experiência atual. Mesmo assim, o desconforto e a tensão provocados por Silent Hill ainda são difíceis de igualar.

Syphon Filter
Era o jogo de ação tática do momento, com tiroteios intensos e gadgets variados. Hoje, os gráficos são grosseiros e a jogabilidade travada. Mas quem jogou na época lembra da emoção de eliminar inimigos com o taser elétrico até vê-los em chamas — e isso é inesquecível.
Driver
O precursor dos jogos de mundo aberto com carros. Seu maior desafio continua sendo a missão tutorial, considerada uma das mais difíceis da história. A física estranha e os gráficos rudimentares podem afastar novos jogadores, mas a liberdade de ação e perseguições continuam divertidas para os saudosistas.
Dino Crisis
Com dinossauros e horror de sobrevivência, Dino Crisis conquistou fãs fiéis. Os controles limitados e gráficos escuros deixam o jogo difícil de revisitar, mas a tensão constante e os sustos bem colocados ainda funcionam — especialmente com fones de ouvido.

Medievil
Sir Daniel Fortes que ainda é um dos personagens mais carismáticos da era PS1. O humor sombrio, os ambientes criativos e os chefes estranhos são o ponto alto. Porém, a jogabilidade confusa e a dificuldade para acertar inimigos revelam suas limitações técnicas.
Vagrant Story
Visualmente ousado e com uma história densa, Vagrant Story é um daqueles RPGs que poucos jogaram, mas quem jogou nunca esqueceu. Os menus complexos, sistema de batalha pouco intuitivo e visuais escuros dificultam a imersão hoje. No entanto, é uma pérola esquecida com uma das ambientações mais atmosféricas do PS1.
Por que ainda vale a pena jogar?
Esses jogos são como relíquias. Carregam a essência de uma era em que o 3D ainda engatinhava, mas a criatividade estava em alta. Mesmo com limitações, eles ousaram contar grandes histórias e oferecer experiências marcantes. Revisitar esses títulos é como rever um velho amigo: você nota as rugas, mas também lembra por que ele sempre foi tão especial.
Para quem busca entender como os games evoluíram ou quer reviver momentos únicos, esses clássicos — apesar de seus defeitos — continuam sendo paradas obrigatórias. Não é sobre gráficos ou fluidez: é sobre a conexão que criaram com milhões de jogadores.