O PlayStation 2 é um dos consoles mais icônicos da história dos videogames. Com um catálogo gigantesco e títulos que marcaram época, ele foi o responsável por popularizar muitas franquias e por proporcionar experiências inesquecíveis para milhões de jogadores. No entanto, nem tudo resistiu bem ao tempo. Em 2025, revisitar certos jogos do PS2 pode ser um exercício de nostalgia… e paciência. Controles duros, câmeras problemáticas e gráficos limitados por uma tecnologia que hoje parece rudimentar são alguns dos fatores que evidenciam o quanto a indústria evoluiu.
A seguir, listamos alguns jogos do PlayStation 2 que envelheceram mal tecnicamente, mas ainda são amados por aquilo que representaram em sua época.
Shadow of the Colossus
É um clássico absoluto, mas a versão original do PS2 sofre com framerate instável, controles imprecisos e câmera teimosa. Mesmo com esses problemas, a escala dos colossos, a atmosfera melancólica e a trilha sonora arrebatadora tornam a experiência única. O remake mostra o quanto o original estava à frente do seu tempo — mesmo com limitações.

Max Payne
Pioneiro no uso do bullet time e na narrativa noir, Max Payne é lembrado com carinho. Mas os gráficos, os controles travados e as animações duras ficam evidentes hoje. Ainda assim, a história pesada, o estilo gráfico em quadrinhos e a ação cinematográfica seguram a experiência.

Driv3r
Prometia ser um concorrente de GTA, mas foi lançado com bugs, IA problemática e missões frustrantes. Em 2025, muitos dos problemas continuam gritantes, mas os jogadores que cresceram com esse título ainda lembram com saudade das perseguições e da trilha sonora envolvente.

The Getaway
Ambicioso, o jogo recriava Londres de forma realista e apostava em uma narrativa cinematográfica. O problema: controles pouco responsivos, ausência de HUD e ângulos de câmera ruins. Hoje, parece mais uma prova de conceito do que um game realmente jogável — mas ainda é lembrado pelo clima de filme policial britânico.
State of Emergency
Desenvolvido pela Rockstar, o jogo apostava no caos com multidões e pancadaria em massa. Infelizmente, os gráficos eram feios até para os padrões da época e a jogabilidade rapidamente se tornava repetitiva. Ainda assim, era divertido causar confusão sem motivo.
SOCOM: U.S. Navy SEALs
Foi referência em multiplayer tático com headset, mas hoje sofre com inteligência artificial limitada, gráficos datados e controles complexos. Ainda assim, representa um marco no jogo online em consoles.
Oni
Mistura de tiro em terceira pessoa com combate corpo a corpo, desenvolvido pela Bungie. Apesar de interessante na proposta, os controles imprecisos, a movimentação travada e o visual inconsistente afastaram parte do público. Mesmo assim, mantém uma legião de fãs fiéis.
Killzone
Era para ser o “Halo Killer” do PlayStation, mas decepcionou com quedas de framerate, IA limitada e movimentação pesada. Ainda assim, o universo criado e o design das armas têm seu charme.
Resident Evil Outbreak
A tentativa de levar a franquia para o multiplayer online trouxe boas ideias, mas o sistema de comunicação limitado, tempo de carregamento alto e câmera fixa tornavam a experiência frustrante. Ainda assim, para fãs da saga, é um capítulo curioso e cultuado.
Red Faction II
O sistema de destruição de cenários era inovador, mas a campanha fraca, IA inimiga ruim e visuais genéricos não ajudavam. Com o tempo, virou um “guilty pleasure” para quem jogava no modo multiplayer local.
True Crime: Streets of LA
Inspirado em GTA, o jogo tinha uma boa proposta de mundo aberto e combate corpo a corpo. No entanto, os controles eram rígidos, os gráficos medianos e a dublagem exagerada. Ainda assim, a ambientação e trilha sonora marcante fizeram dele um clássico de culto.
25 to Life
Tentando capturar o estilo urbano e policial, este game ficou marcado por uma jogabilidade travada, gráficos fracos e IA desastrosa. Mas por incrível que pareça, ele atraiu uma base de fãs que curtiam o seu clima de “filme B” de ação.
Run Like Hell
Um jogo de terror sci-fi com potencial, mas que acabou prejudicado por cutscenes mal dirigidas, dublagem ruim e jogabilidade limitada. Ainda assim, o universo alienígena e a tentativa de fazer algo diferente no gênero merecem reconhecimento.
Conflict: Desert Storm
O jogo oferecia ação tática cooperativa, mas hoje os gráficos são ultrapassados, o ritmo é lento e a movimentação é engessada. Apesar disso, foi um dos primeiros contatos de muitos jogadores com estratégia em tempo real nos consoles.
Por que ainda valem a pena?
Mesmo com seus defeitos técnicos, esses jogos do PS2 representam uma era de experimentação. A transição do 2D para o 3D já estava mais consolidada, mas os limites do hardware ainda exigiam soluções criativas — algumas bem-sucedidas, outras nem tanto. Revisitar esses títulos é como abrir um baú cheio de relíquias: talvez não estejam em perfeito estado, mas cada uma carrega uma história.
Esses jogos envelheceram mal, sim — mas, ao mesmo tempo, sobreviveram ao tempo por aquilo que entregaram de mais valioso: identidade. Eles ainda têm algo a dizer, mesmo que suas vozes sejam em baixa resolução e seus comandos um pouco duros. E por isso, ainda merecem ser lembrados e jogados — nem que seja só mais uma vez.