Hoje, a marca PlayStation é sinônimo de videogame pra muita gente. Mas o que talvez você não saiba é que a entrada da Sony no mundo dos games foi quase um acidente — e nasceu de uma traição. Sim, a história do primeiro PlayStation é cheia de reviravoltas, decisões arriscadas e um pouco de vingança bem calculada.
Se prepara, porque essa história parece roteiro de filme.
Tudo começou com uma parceria… que deu errado

No final dos anos 80 e começo dos 90, a Nintendo dominava o mercado de videogames com o Super Nintendo. A empresa japonesa queria lançar um acessório que permitisse rodar jogos em CD, uma tecnologia que ainda engatinhava, mas prometia mais espaço e possibilidades do que os cartuchos da época.
Adivinha quem foi chamada pra desenvolver essa tecnologia? A própria Sony, que na época era gigante em áudio e vídeo, mas ainda não tinha se metido nos games.
O projeto foi chamado de “Play Station” (sim, separado mesmo). A ideia era simples: criar um SNES com leitor de CD, que rodasse tanto os jogos em cartucho quanto os novos em mídia óptica.
Só que, no último segundo, a Nintendo rompeu o acordo com a Sony e anunciou uma parceria com a Philips. Isso mesmo: eles viraram as costas pra Sony publicamente, numa jogada que deixou a gigante japonesa humilhada.
A vingança virou inovação
A Sony poderia ter recuado e desistido. Mas não. O então executivo Ken Kutaragi, que liderava o projeto, teve uma visão: “por que não criamos nosso próprio videogame?”
E assim nasceu o PlayStation original, lançado em dezembro de 1994 no Japão e em setembro de 1995 no ocidente. Um console que apostava em jogos em CD, gráficos em 3D e foco em experiências cinematográficas — uma abordagem ousada e totalmente diferente do que a Nintendo e a Sega estavam fazendo.
O sucesso foi imediato
O primeiro PlayStation virou um fenômeno. Com títulos como Metal Gear Solid, Final Fantasy VII, Gran Turismo, Resident Evil e Crash Bandicoot, a Sony criou um catálogo que atraía não só crianças, mas também adolescentes e adultos, algo que os concorrentes ainda não tinham explorado tão bem.
Enquanto a Nintendo continuava apostando nos cartuchos com o Nintendo 64, a Sony avançava com CDs, trilhas sonoras épicas, vídeos em alta qualidade e mundos enormes.
Resultado? O PlayStation vendeu mais de 100 milhões de unidades, se tornando um dos consoles mais vendidos da história — e a Sony se estabeleceu de vez no mercado de games.
De outsider a líder da indústria
A entrada da Sony no mercado de games foi inesperada e desafiadora. Eles chegaram como novatos num mercado já consolidado, foram rejeitados por uma gigante e decidiram transformar esse revés em uma plataforma que mudaria a indústria para sempre.
Hoje, quase três décadas depois, a marca PlayStation é uma das mais fortes do planeta, com consoles que marcam gerações — e tudo começou com um “não” da Nintendo.
Então da próxima vez que ligar seu PS5, lembre que o nascimento do PlayStation não foi só uma jogada de mercado — foi uma revanche bem executada. E uma das histórias mais fascinantes dos games até hoje.