Olha só que virada interessante: Tati Gabrielle, que você talvez já conheça de séries como You, agora está prestes a embarcar em uma jornada bem diferente. Desta vez, nada de apenas câmeras e roteiros de TV — ela será protagonista de um jogo chamado Intergalactic: The Heretic Prophet. E, sim, essa mudança de cenário vem com um baita mentor: Neil Druckmann, o cara por trás de The Last of Us.
Mas essa história vai muito além de um simples “estreando no mundo dos games”.
Ser estrela de um jogo não é só glamour
Pensa comigo: ser o rosto de um jogo hoje em dia significa entrar em um universo onde a galera ama, odeia, julga e idealiza. E tudo isso ao mesmo tempo. Foi o que aconteceu com nomes como Laura Bailey, que interpretou Abby em The Last of Us Part II e, mesmo sendo incrível, acabou virando alvo de ódio na internet. Pois é. A Tati já entendeu o tamanho da bronca.
Ela contou que já sentiu na pele comentários pesados — racistas, misóginos e até críticas só porque tem a cabeça raspada. E tudo isso sem nem o jogo ter sido lançado ainda. O que mostra que, no fundo, tem uma galera por aí que ainda não entendeu que personagem e pessoa real são coisas diferentes.
E é aí que entra o papel do Druckmann, que não é só o diretor, mas virou meio que um escudo humano. Segundo Tati, ele tem treinado ela não só para atuar no jogo, mas para lidar com o tsunami de emoções e reações que vêm quando você se torna o rosto de algo tão grande. “Ignore tudo isso. Vamos fazer algo bonito, algo de que vamos nos orgulhar”, foi o que ele disse a ela. E, cá entre nós, esse tipo de apoio vale ouro.
Faith, sci-fi e representatividade: o que esperar de Intergalactic?
O jogo Intergalactic: The Heretic Prophet promete não ser só mais uma aventura espacial genérica. Segundo a própria atriz, a trama vai girar em torno da fé. Mas não só fé no sentido religioso — também fé em si mesmo, na comunidade, no que te faz levantar da cama todo dia.
Isso já diz muito sobre o tom do jogo. Estamos falando de uma protagonista que vai explorar questões profundas, existenciais até. E mais: vai fazer isso ocupando um espaço que por muito tempo foi negado a muitas pessoas. Uma mulher negra, com visual marcante, sendo heroína de uma história sci-fi? Isso é poderoso demais.
Claro, ainda é cedo pra saber como tudo isso vai ser explorado no gameplay, mas já dá pra sentir que a proposta é ousada e bem diferente do comum. E, convenhamos, a indústria de games está precisando de mais histórias que provoquem e expandam horizontes.
O peso de ser pioneira e a importância do suporte
Pra quem nunca esteve nesse universo gamer, pode parecer estranho todo esse “treinamento” para lidar com o público. Mas se você já acompanhou de perto qualquer lançamento polêmico, sabe que o buraco é mais embaixo. Vide o caso de Laura Bailey ou até mesmo a recepção de Forspoken, que também teve uma protagonista negra e virou alvo de críticas muitas vezes mais por preconceito do que por falhas técnicas.
Tati Gabrielle, então, está se preparando de forma emocional e mental, como alguém que entende que ser a cara de um jogo vai muito além de dublar e capturar movimentos. É estar pronta para o amor… e para os haters.
E, por mais triste que isso seja, é uma realidade. Ainda mais quando se rompe padrões.
No fim das contas, a missão é pessoal
A fala da Tati sobre fé não poderia ser mais simbólica. “Fé não é preto no branco”, ela disse. E talvez seja isso que mais combine com essa nova fase dela: não saber exatamente o que esperar, mas seguir mesmo assim. Crer que vai valer a pena. Apostar que algo bonito vai sair disso tudo — como Druckmann prometeu.
Essa história não é só sobre mais um jogo sendo lançado. É sobre alguém entrando de cabeça em um novo mundo, enfrentando o peso do preconceito, da expectativa e da representatividade, com coragem e um baita coração aberto.
E se você chegou até aqui, fica o convite: quando Intergalactic: The Heretic Prophet sair, dê uma chance. Não só pelo jogo em si, mas pela história por trás dele. Porque quando alguém luta tanto pra fazer parte de um universo, o mínimo que a gente pode fazer é escutar — ou, no caso, jogar.