Se você entrou recentemente na loja da PlayStation, Xbox ou Nintendo e tomou aquele susto ao ver um jogo base custando R$ 350, R$ 370… R$ 400, saiba que você não tá sozinho. A pergunta que todo gamer brasileiro faz hoje é simples, direta e dolorida: até onde vai esse preço surreal?
A real é que o preço dos games disparou de um jeito que parece não ter mais freio. E não é só no Brasil. O mundo todo tá sentindo essa pressão. Mas aqui, como sempre, a coisa pesa ainda mais.
Bora fazer uma análise pesada, sincera e sem filtro sobre esse cenário — e, mais do que isso, entender se isso é realmente sustentável.
Como chegamos até aqui?
Vamos jogar a real: não faz tanto tempo assim que a gente pagava R$ 199 ou R$ 249 em um lançamento. Quem viveu a geração PS4, Xbox One e até parte do Nintendo Switch sabe disso.
Mas a partir de 2020, a conversa mudou. A indústria bateu o martelo e anunciou o que parecia ser apenas um reajuste natural: subida do preço dos jogos de US$ 59 para US$ 69 nos Estados Unidos.
O problema? Isso virou uma bola de neve.
- Câmbio desvalorizado: O dólar não para. Quando não é R$ 5, é R$ 5,30… e lá se vai nossa esperança.
- Impostos altos: Brasil sendo Brasil. Taxa sobre taxa. Produto de entretenimento continua sendo tratado como artigo de luxo.
- Custos de produção: Jogos tão cada vez mais caros de serem feitos. Produções bilionárias, equipes gigantes, gráficos absurdos, mundos abertos insanos… tudo isso custa.
- Ganância? Também tem. Vamos ser sinceros. As empresas perceberam que o público paga, então empurraram o preço até onde deu — e continuam testando o limite.
O resultado? Jogo base saindo a R$ 350, R$ 399, R$ 419… E nem precisa ser edição deluxe, não. É o jogo básico.
Isso é só no Brasil? Infelizmente, não.

Verdade seja dita: o problema é global. Na Europa, o preço médio já passou dos 70 euros. Nos EUA, US$ 70 virou padrão — e com a crise econômica, muita gente lá também tá reclamando.
Só que aqui, o efeito é multiplicado. O que pro americano é um incômodo, pro brasileiro é um rombo no orçamento.
Pensa assim: um salário mínimo no Brasil compra, no máximo, dois jogos AAA. E olha lá. Isso se não tiver que pagar aluguel, mercado, conta de luz, internet… vida, né?
Até onde isso vai? É sustentável?
Essa é a pergunta de ouro. E a real é que não, isso não parece sustentável.
- A galera tá fugindo dos lançamentos.
- Muita gente espera promoções.
- O mercado de usados tá bombando como nunca.
- Assinaturas como Game Pass, PS Plus Extra e Deluxe tão dominando, porque pagar mensalidade pra acessar centenas de jogos faz muito mais sentido do que gastar R$ 400 em um.
- E sim, o mercado cinza (Paraguai, Shopee, keys internacionais) virou o refúgio de quem quer jogar sem ser assaltado oficialmente.
A verdade que ninguém quer falar é essa: se continuar assim, a própria indústria quebra as pernas.
A indústria tá cavando a própria cova?
Parece exagero, mas não é. Tem dado mostrando que:
- Vendas de jogos físicos despencaram.
- Vendas digitais desaceleraram.
- As pessoas jogam mais, mas compram menos.
A solução? Tá escancarada na cara de todo mundo:
- Modelos de assinatura (Game Pass tá rindo à toa)
- Bundles, promoções, descontos agressivos
- Ou então, uma revisão REAL nos preços. Só que, sejamos sinceros, alguém acha que isso vai acontecer?
O preço subiu… mas será que o valor acompanha?
E aqui vem a reflexão mais pesada desse papo. Ok, os jogos custam mais. Mas eles valem mais?
- Jogos saem quebrados, cheios de bugs, precisando de 5 patches pra funcionar.
- Live services morrem em poucos meses.
- Edição Deluxe custa mais, mas esconde conteúdo que deveria estar no jogo base.
- Skins, passes, microtransações, DLCs, expansões… parece que você nunca tá comprando o jogo completo.
Responde sinceramente: pagar R$ 400 num jogo hoje te entrega a mesma satisfação de pagar R$ 200 cinco anos atrás?
E agora, pra onde a gente vai?
O gamer tá apertado. A indústria tá inflando o preço. E, no meio desse tiroteio, surge um futuro meio inevitável:
- Quem não aguenta mais pagar esse preço, corre pro Game Pass, PS Plus, mercado de usados ou até pro PC.
- Quem é fã de uma franquia, segura a bronca e paga — muitas vezes a contragosto.
- E quem não tá disposto, simplesmente… para de jogar lançamento. E espera.
No fim das contas…
R$ 400 num jogo base é surreal. E, sim, tá na hora da indústria olhar pra isso com mais seriedade. Porque o gamer tá no limite. E se a indústria não entender, o próprio mercado vai dar um jeito de forçar essa mudança — seja nas vendas despencando, seja na galera migrando de plataforma ou de modelo de consumo.
Agora me responde, Chefe: você acha que esse preço absurdo vai baixar algum dia ou a tendência é só piorar? Bora debater.