Nem todo jogo bom recebe o reconhecimento que merece. Alguns títulos são lançados na hora errada, ofuscados por gigantes ou simplesmente não conseguem atingir o público certo. No PS3, isso aconteceu com mais frequência do que gostaríamos de admitir. Mas o tempo é um bom aliado: 2025 pode ser o ano perfeito para redescobrir essas joias esquecidas. Aqui estão 10 jogos que foram injustiçados no passado e que merecem uma nova chance agora.
Heavenly Sword
Lembrado por poucos, mas amado por quem jogou, Heavenly Sword entregava um combate cinematográfico e uma protagonista carismática, Nariko. O jogo tinha alma, cenas dignas de cinema e uma dublagem impecável. Foi visto como uma tentativa de “God of War com mulher” e acabou sendo subestimado. Hoje, com o sucesso de protagonistas femininas, ele cairia como luva. E com a tecnologia atual, uma sequência bem trabalhada poderia surpreender muita gente.

Folklore
Folklore misturava RPG, terror leve e uma arte surreal para contar uma história sobre reinos dos mortos. Era um jogo lindo, com atmosfera única e um sistema de combate baseado na captura de espíritos. Na época, passou batido. Mas seu visual e narrativa merecem ser revisitados. Ideal para quem curte jogos com clima sombrio e tramas misteriosas. Com a febre atual de jogos com pegada gôtica, como Lies of P e Blasphemous, Folklore teria muito mais visibilidade hoje.
Resistance 3
A série Resistance foi perdendo força com o tempo, mas Resistance 3 era o ponto alto da franquia. Um FPS com narrativa forte, ambientação pós-apocalíptica e tiroteios intensos. Foi lançado num momento de transição, quando o hype estava em outros shooters. Hoje, com o saudosismo em alta, seria uma excelente reedição. A atmosfera opressiva e a variedade de armas alienígenas eram um diferencial que merece ser redescoberto.

Puppeteer
Uma obra de arte que quase ninguém jogou. Puppeteer era um jogo de plataforma com estilo teatral, humor afiado e mecânicas criativas. Tudo nele exalava originalidade. O problema? Foi lançado tardiamente, quando o PS4 já dava seus primeiros passos. Merece ser redescoberto como o clássico cult que é. Visualmente encantador, poderia ganhar facilmente uma versão remasterizada para o Switch ou PS5, conquistando um novo público.
MAG (Massive Action Game)
Ambicioso demais para sua época. MAG prometia batalhas online com até 256 jogadores, algo inalcançável para o padrão da época. Embora tenha enfrentado problemas de balanceamento e estrutura, sua proposta era ousada. Hoje, com servidores mais potentes e o sucesso dos battle royales, um reboot cairia como uma luva. A Sony poderia muito bem transformá-lo em um novo queridinho competitivo, aproveitando o buraco deixado por jogos como Battlefield.
Enslaved: Odyssey to the West
Baseado vagamente no conto chinês “Jornada ao Oeste”, Enslaved entregou uma das duplas mais carismáticas do PS3: Monkey e Trip. O jogo misturava ação, narrativa e cenários pós-apocalípticos com uma direção de arte impressionante. Não teve vendas expressivas, mas merece ser lembrado com carinho (e remasterizado, por favor). Com atuações capturadas por Andy Serkis, ele trouxe um dos relacionamentos mais humanos e realistas dos games da época.
3D Dot Game Heroes
Um tributo aos RPGs de antigamente com um estilo visual pixelado em 3D. 3D Dot Game Heroes era carismático, divertido e cheio de referências. Para os fãs de Zelda, era um prato cheio. Infelizmente, passou despercebido em meio a tantos lançamentos de peso. Hoje, seria um sucesso entre os fãs de indies retrô. A jogabilidade afiada e o editor de personagens abriam margem para uma comunidade ativa e criativa.
Starhawk
Sucessor espiritual de Warhawk, Starhawk misturava combate de veículos com construção em tempo real. Era um multiplayer diferente de tudo que havia na época, mas não teve base de jogadores suficiente para se manter ativo. Num mundo pós-Fortnite e Warzone, talvez sua proposta fosse muito melhor recebida hoje. A mistura de gêneros, que parecia estranha em 2012, agora é quase um padrão para jogos populares.
Tokyo Jungle
Esse é para quem gosta de ideias malucas. Tokyo Jungle colocava você no controle de um animal em uma Tóquio pós-humanidade. Podia ser um cachorro, uma zebra ou um dinossauro (!), sobrevivendo em meio ao caos. Era divertido, desafiador e completamente diferente. Um relançamento em 2025 seria sucesso instantâneo por puro choque de originalidade. Imagine esse jogo com os recursos de mundo aberto de hoje e visuais atualizados? Viralizaria nas redes sociais com certeza.

The Saboteur
Misturando mundo aberto com um estilo noir, The Saboteur se passava numa França ocupada por nazistas, onde você era um irlandês sabotador. O visual preto e branco que se coloria conforme a resistência ganhava força era impactante. Foi ofuscado por GTA e Assassin’s Creed, mas tinha identidade própria. Hoje, com o crescimento de jogos com foco narrativo e estética autoral, o jogo ganharia uma nova vida.
Nunca é tarde para reconhecer um clássico
Esses jogos não foram ruins. Apenas estavam no lugar errado, na hora errada. Em 2025, com a busca crescente por jogos com alma, identidade e histórias marcantes, essas obras esquecidas podem (e devem) voltar aos holofotes. Porque todo jogo merece uma segunda chance — especialmente quando tem tanto a oferecer. Talvez estejamos finalmente prontos para apreciá-los como merecem.