Hoje em dia, qualquer lançamento de edição especial do PS5 ou até do PS4 parece até meio… sem sal. Na maioria das vezes, é uma skin diferente nas tampas do console, um controle com uma estampa bonita e, no máximo, uma caixa diferente. E só.
Mas quem viveu a era do PlayStation 3 sabe muito bem: naquela época, a Sony simplesmente caprichava como nunca. Edição especial não era só cosmético. Era console inteiro remodelado, caixa personalizada, acabamento diferenciado, detalhes no design e, muitas vezes, até materiais premium.
E o mais louco? Hoje essas edições são raríssimas, item de colecionador nível ouro, vendidas a preços absurdos mundo afora.
A real é que, olhando pra trás, o PS3 tinha versões comemorativas que botam no bolso qualquer coisa que saiu no PS4 e até no PS5 até agora.
Capricho de verdade: o console não era só branco, preto ou cinza
Enquanto hoje as edições especiais basicamente trocam a tampa lateral do PS5, no PS3 era diferente. O console inteiro vinha com acabamento exclusivo, textura diferenciada, pintura metálica ou até translúcida, dependendo do modelo.
Quer exemplo? Bora.
PS3 Ceramic White

O primeiro PS3 branco da história. E não era só branco, era aquele branco cerâmico premium, brilhante, que parecia vidro. A Sony não só mudou a cor, como também mudou o tom dos detalhes, o logo, o acabamento inteiro.
Se colocar do lado de qualquer PS4 branco, o PS3 Ceramic White simplesmente humilha. O acabamento era outro nível.
PS3 Final Fantasy XIII Lightning Edition

Aqui é onde a Sony mostra o que é capricho de verdade.
Console inteiro na cor rosa pérola, com uma arte da Lightning gravada na carcaça, em alto relevo, não era adesivo, não era impressão barata. Isso sem contar a caixa, toda temática, com ilustração especial e acabamento premium.
Hoje, esse console é praticamente um Santo Graal pros colecionadores.
PS3 Metal Gear Solid 4 Gunmetal Gray

Essa aqui não tem nem o que discutir. Pintura em cinza metálico fosco, efeito escovado, console inteiro repaginado, acabamento que nenhum PS4 nem PS5 chegou perto.
Pra completar, controle DualShock 3 exclusivo na mesma pegada e uma caixa totalmente personalizada com a arte de MGS4.
Esse PS3 não era só uma edição especial. Era uma peça de colecionador feita pra quem realmente respirava games.
PS3 Red e Blue Limited Editions

Não era só uma troca de tampa. O console inteiro vinha com pintura metálica, em vermelho vinho ou azul cobalto, com acabamento que refletia a luz, dava efeito de profundidade.
De longe já dava pra saber que não era um PS3 comum. Quem tinha, fazia questão de deixar exposto, nem guardava na estante.
E não era só a pintura… até as caixas eram obras de arte
Hoje, as caixas do PS5 edição especial mudam no máximo a imagem da frente. No PS3, cada edição vinha com uma caixa exclusiva, cheia de detalhes, arte original, elementos dourados, prateados, até textura diferente.
Era literalmente uma parte do produto. Não era só proteção, era colecionável. Tinha gente que guardava a caixa como se fosse tão valiosa quanto o próprio console.
O controle também era personalizado, não só o console
Hoje você compra o PS5 Edição Especial do Spider-Man e o que vem? Um controle padrão com um desenho bonitinho na tampa.
No PS3, o controle inteiro era repaginado. Cor, textura, logo, acabamento. Se o console era Gunmetal, o controle era Gunmetal. Se era branco perolado, o controle vinha exatamente no mesmo padrão.
Era um kit de verdade. Você olhava pro console, pro controle, pra caixa, e tudo conversava, tudo fazia sentido.
Por que a Sony caprichava tanto no PS3?
O PS3 foi uma geração complicada pra Sony. Começou com preço absurdo, vendas difíceis, perdeu muito terreno pro Xbox 360 no início.
Por isso, parte da estratégia da Sony foi exatamente conquistar o público na base do fanservice. Edição especial não era só pra vender console. Era pra gerar desejo, pra fazer o fã se sentir parte da história.
E deu certo. Quem viveu aquela época lembra o quanto essas edições eram desejadas, comentadas e, claro, brigadas nos sites de leilão.
E hoje? O PS4 e o PS5 perderam a mão nas edições especiais?
Sejamos sinceros… perderam, sim. O PS4 até teve algumas edições bacanas — como o PS4 do 500 milhões, que era translúcido azul, ou o PS4 Pro do God of War, que tinha gravuras nórdicas lindas.
Mas, de forma geral, o PS4 e o PS5 apostaram muito mais em mudanças estéticas superficiais. Troca de tampas, controle com desenho diferente e só.
Não chega nem perto do nível de capricho, de trabalho artesanal que rolava nas edições do PS3.
Hoje essas edições são raríssimas
Sabe aquela história de que ficou no passado? É real. As edições especiais do PS3 hoje são itens de colecionador nível hard.
No eBay, no mercado japonês ou em sites de colecionadores, um PS3 Lightning Edition, um Gunmetal ou até o Ceramic White em bom estado chega fácil na casa dos R$ 5.000, R$ 7.000, R$ 10.000 ou mais, dependendo da condição e se vem com caixa, manual e controle originais.
O PS3 ensinou como se faz uma edição especial de verdade
A real é essa. A Sony, na geração do PS3, mostrou pra indústria inteira como se faz uma edição comemorativa de respeito.
Hoje, quem olha pras edições do PS4 e do PS5 até acha bonitas, mas quem viveu a geração PS3 sabe: nunca mais foi a mesma coisa.
E talvez… nunca mais será.