Se você teve um PlayStation 1 na infância, pode apostar que sua memória está recheada de cenas em baixa resolução, CGs incríveis para a época e aquela musiquinha de abertura que dava até frio na barriga. Era o começo de uma nova era nos games. Tudo parecia mágico, mesmo quando a TV era de tubo e o controle ainda era com fio.
E o mais curioso? Muitos desses jogos continuam vivos na nossa memória, mesmo que a gente não toque neles há mais de 20 anos. Então bora relembrar alguns títulos que, se você jogou na infância, com certeza te deixaram marcas — mesmo que nem perceba.
Crash Bandicoot – O mascote que todo mundo queria
Antes do PS2, antes do GTA virar febre, tinha um marsupial correndo feito louco por ilhas tropicais. Crash Bandicoot foi o primeiro contato de muita gente com um jogo de plataforma 3D. Simples, viciante e com fases que exigiam mais reflexo do que a gente tinha na época. A trilha sonora grudava na cabeça, o visual era colorido e engraçado, e o desafio aumentava de um jeito que fazia a gente insistir, mesmo depois de perder todas as vidas.
Se você nunca arremessou o controle porque caiu num buraco no último segundo, talvez nem tenha jogado direito.
Winning Eleven – Futebol raiz (e gritos na sala)
Muito antes do FIFA ser febre, quem mandava era o Winning Eleven. Especialmente a versão 2002, que virou clássico em locadora e reunião de amigos. Os nomes dos jogadores eram completamente errados, os menus pareciam planilhas, e ainda assim, era perfeito.
As partidas entre irmãos ou vizinhos eram épicas. O juiz não dava falta pra quase nada, os goleiros faziam milagres, e todo mundo tinha aquele time secreto que só perdia quando o controle falhava (claro). Pode confessar: você também tinha aquele vizinho que colocava três atacantes e saía correndo como se fosse final de Copa.
Resident Evil – O medo começava no barulho da porta
Você provavelmente não sabia inglês, nem entendia direito o que estava acontecendo. Mas sabia que não dava pra entrar em qualquer sala sem um leve aperto no coração. Resident Evil era tenso, sombrio e misterioso. O primeiro zumbi que virava o rosto devagar em direção à câmera ficou marcado na cabeça de quem era pequeno demais pra estar jogando aquilo.
Os puzzles confusos, o inventário limitado, a escassez de munição… tudo fazia a tensão crescer. Era o tipo de jogo que você jogava com o primo mais velho — e desligava correndo quando os pais chegavam.
Tony Hawk’s Pro Skater 2 – O som dos anos 2000 em manobras

Se você ouviu Rage Against the Machine ou Papa Roach pela primeira vez nesse jogo, bem-vindo ao clube. Tony Hawk’s Pro Skater 2 era mais que um game de skate. Era uma porta de entrada pra cultura alternativa, com trilha sonora absurda, manobras impossíveis e mapas cheios de segredos.
Dava pra passar horas tentando bater recorde de pontos, descobrir rotas secretas ou simplesmente ficar girando no half-pipe como se não houvesse amanhã. E claro, tinha a lenda de que se você fizesse “aquela” manobra em sequência, desbloqueava o Homem-Aranha. Quem nunca acreditou nisso?
Tekken 3 – A treta oficial da infância
Nada dizia “rivalidade entre irmãos” como uma tarde jogando Tekken 3. Era pancadaria rápida, combos que a gente aprendia na raça e personagens que viraram ícones. Jin, Hwoarang, Eddy Gordo… todo mundo tinha um favorito.
Mas o ápice era pegar o Gon, aquele dinossaurinho que dava trabalho e ainda soltava fogo. Quem jogava com ele era automaticamente odiado — e respeitado. Tekken era aquele tipo de jogo que unia e separava amigos em questão de minutos. E acredite: se você ainda sabe alguns golpes de cabeça, não está sozinho.
Medal of Honor – Quando a guerra ainda era offline
Antes de Call of Duty dominar tudo, tinha Medal of Honor. Um FPS ambientado na Segunda Guerra Mundial, com missões que pareciam saídas de filme e um clima tenso que prendia você do início ao fim. A movimentação era travada, os gráficos simples, mas a imersão… cara, era surreal.
Era emocionante invadir bunkers, desarmar bombas, se infiltrar entre inimigos e ouvir o som abafado dos tiros. Mesmo sendo totalmente em inglês, todo mundo entendia o objetivo: sobreviver. Quem jogou na infância ainda se lembra do barulho do “reload” e das cutscenes que davam aquele ar de missão secreta.
E se você lembrar de um que ficou de fora?
Olha, foram tantos jogos incríveis no PS1 que dá até uma dorzinha de deixar alguns de fora. Tomb Raider, Syphon Filter, Parasite Eve, Dino Crisis, Spider-Man, Driver… a lista vai longe. Cada pessoa tem aquele jogo que grudou na memória e define o que foi jogar videogame na infância.
O mais incrível é que, mesmo com gráficos quadrados e controles duros, esses jogos ainda têm um charme difícil de explicar. Eles marcaram uma geração, criaram histórias e, de algum jeito, continuam vivos — mesmo que seja só nas nossas lembranças.
E aí, qual era o SEU jogo de PS1 na infância? Porque olha… só de lembrar, já deu vontade de ligar o console de novo.