Com lançamento marcado para 26 de junho de 2025 no PlayStation 5, Death Stranding 2: On the Beach promete entregar uma experiência ainda mais ousada, emocional e surreal do que seu antecessor. Dirigido por Hideo Kojima, o jogo retorna ao universo pós-apocalíptico que conquistou fãs pela narrativa filosófica, personagens icônicos e mecânicas inusitadas. A nova jornada de Sam Porter Bridges, interpretado por Norman Reedus, levará os jogadores para além do território americano, explorando novos horizontes, desafios e significados.
Uma nova jornada, um novo mundo
A história se passa anos após os eventos do primeiro jogo. Sam agora atua como parte da Drawbridge, uma organização dedicada a conectar comunidades remanescentes. Desta vez, o mundo a ser reconstruído não é mais apenas os Estados Unidos, mas também novas regiões como o México, Austrália e territórios ainda não revelados pela Kojima Productions. Os conceitos metafísicos seguem presentes, como a “Praia” — plano que separa a vida da morte — e continuam a influenciar o enredo com força.
Entre os novos personagens estão Rainy (Shioli Kutsuna), Tomorrow (Elle Fanning) e um retorno surpreendente de Fragile (Léa Seydoux). O antagonista Higgs (Troy Baker) também retorna em uma forma ainda mais perigosa e bizarra, com um violão flamejante que parece ter saído de um pesadelo lisérgico.

Novas mecânicas e melhorias de jogabilidade
O sistema de entrega permanece, mas foi amplamente expandido. Agora, o jogador contará com novos meios de transporte, como um buggy 4×4, um sistema de monorail e até mesmo equipamentos subaquáticos para explorar ambientes costeiros. O combate recebeu melhorias significativas, permitindo abordagens furtivas, confrontos diretos mais fluídos e o uso de armas improvisadas.
Há também uma maior ênfase na construção de infraestrutura e colaboração entre jogadores. Estruturas como torres de vigia, redes de transporte e abrigos podem ser personalizadas e compartilhadas, aumentando o senso de comunidade. Uma nova mecânica de “ligação emocional” permitirá ao jogador desenvolver vínculos mais profundos com NPCs e personagens secundários, influenciando diretamente o curso da narrativa.
Direção de arte e som impressionantes
Visualmente, On the Beach é um salto em relação ao original. A Decima Engine, da Guerrilla Games, está ainda mais refinada, entregando paisagens deslumbrantes, condições climáticas dinâmicas e um nível de detalhes que beira o fotorrealismo. O jogo apresenta áreas completamente novas como desertos tóxicos, florestas tropicais devastadas e cidades parcialmente submersas.
O som é outro destaque: a trilha sonora composta por Ludvig Forssell e Woodkid, aliada ao áudio 3D e feedback háptico, criam uma imersão rara. A música responde dinamicamente às ações do jogador, intensificando momentos de tensão ou calmaria de forma quase imperceptível.

Um jogo que desafia convenções
Death Stranding 2 não é para todos, e nem quer ser. A proposta continua introspectiva, com longos momentos de reflexão, silêncios narrativos e mensagens sobre conexão, luto e solidão. Para alguns, isso pode ser exaustivo; para outros, uma experiência transcendental.
A duração estimada do jogo ultrapassa facilmente as 50 horas, com muito conteúdo opcional, missões alternativas, narrativa ramificada e construção de relações entre os personagens. O novo sistema de decisões impacta diretamente o final da história, oferecendo múltiplos desfechos com base em escolhas sutis ao longo da jornada.
Vale a pena jogar?
Se você se encantou com o primeiro jogo ou busca uma experiência realmente diferente de tudo no mercado atual, a resposta é sim. Death Stranding 2: On the Beach refina a proposta original, oferece um mundo mais rico, combates melhorados e uma narrativa que convida à introspecção.
Mas, se o primeiro título não te agradou, talvez valha a pena aguardar mais informações ou assistir gameplays antes de investir. O jogo continua fiel à visão de Kojima, e isso significa que nem todos vão embarcar na jornada com o mesmo entusiasmo. Ainda assim, os avanços mecânicos e a nova ambientação podem conquistar até mesmo antigos céticos.

O ponto de partida ideal para os novos jogadores
Embora seja uma sequência direta, Death Stranding 2 pode ser jogado mesmo por quem não zerou o anterior, já que recapitula os eventos principais e apresenta novos mistérios. Ainda assim, recomenda-se conhecer o básico da trama original para compreender melhor as relações e motivações dos personagens.
O game traz um resumo interativo do primeiro título, com flashbacks jogáveis e diálogos opcionais que contextualizam o mundo e seus elementos. Isso torna a transição mais fluida e acessível para os novatos, sem perder a profundidade narrativa.
Hideo Kojima segue desafiando o conceito de videogames
Com Death Stranding 2: On the Beach, Hideo Kojima reafirma sua identidade como um criador de experiências autorais. Seja pela coragem de fugir do convencional ou pela capacidade de provocar emoções profundas com mecânicas simples, o jogo tem tudo para ser um marco da geração. A jornada de Sam Porter Bridges se torna um convite à introspecção, à colaboração e à reconstrução — tanto do mundo quanto de nós mesmos.
Se você busca algo que vai muito além de explodir inimigos e subir de nível, talvez esteja prestes a encontrar sua nova obsessão. E se Kojima seguir surpreendendo como de costume, Death Stranding 2 poderá marcar uma nova era para os jogos narrativos e artísticos no PlayStation 5.