Se você também tá indignado com os preços dos games no Brasil em 2025, saiba que você não tá sozinho. E não é só impressão, não. O preço dos jogos realmente disparou, tanto em mídia digital quanto física. E aí fica aquela pergunta no ar, que todo gamer já se fez pelo menos uma vez: “Por que os preços dos games estão tão caros no Brasil? Isso é culpa da política?”
A real é que a resposta envolve vários fatores — econômicos, políticos, cambiais e até culturais. Bora entender direitinho onde a coisa aperta e o que tá por trás desse aumento absurdo.
O impacto dos impostos no preço dos games no Brasil
Aqui não tem mágica, Chefe. O Brasil é, oficialmente, um dos países que mais taxam tecnologia e produtos de entretenimento no mundo.
Pra você ter ideia, quando um jogo chega aqui, ele paga uma pancada de impostos, que incluem:
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) — esse varia de estado pra estado e é sempre alto.
- PIS e COFINS
- Taxas de importação, quando o produto é físico
Se somar tudo isso, o preço final de um jogo pode ter até 70% só de imposto embutido.
E isso vale não só pra mídia física, mas também pra digital. Mesmo jogos comprados pela PlayStation Store, Xbox Store ou Steam, hoje já são tributados no Brasil, com cobrança de ISS (Imposto sobre Serviço) sobre transações digitais.
Alta do dólar: o vilão invisível

Você já reparou que, quando o dólar sobe, parece que tudo fica mais caro? Pois é. O mercado de games é 100% atrelado ao dólar.
Mesmo que você compre em real na loja brasileira, os preços de base são definidos em dólar, euro ou iene. Quando a nossa moeda desvaloriza — e isso acontece o tempo todo, por vários motivos —, os preços sobem na mesma proporção.
Se o dólar bate R$ 5,00 ou mais, esquece. Jogo de R$ 299 sobe pra R$ 349, depois pra R$ 399… e assim vai. É exatamente o que estamos vivendo agora.
E sim, a política pesa — e muito
Quer saber a real? Sim, tem relação política. E não é pouca.
O governo brasileiro, ao longo dos anos, nunca priorizou a indústria de games como um setor relevante. Enquanto países como Canadá, Japão, Coreia do Sul e até Argentina dão incentivo fiscal pra produção, importação e venda de games, aqui o governo enxerga videogame como artigo de luxo.
Sempre que tem discussão sobre redução de impostos para games, o tema emperra. Vira pauta secundária, sem avanço concreto. E mais: a tributação sobe constantemente, seja direta (aumento de impostos) ou indireta (inflação, câmbio, custos de operação).
Aí soma isso ao fato de que o Brasil vive ciclos econômicos instáveis, brigas políticas internas, insegurança no mercado e falta de planejamento fiscal de longo prazo. O resultado? Preços subindo sem parar.
As empresas também têm sua parcela de culpa
Aqui vale um papo reto: não dá pra jogar toda culpa só nos impostos e na política.
As próprias empresas — Sony, Microsoft, Nintendo e publishers em geral — também têm estratégias de precificação que, muitas vezes, não conversam com a realidade do brasileiro.
A gente vê, por exemplo:
- DOOM: The Dark Ages custando R$ 350 no PS5 e incluso no Game Pass.
- Indiana Jones no mesmo esquema.
- Jogos da Nintendo passando fácil dos R$ 350, mesmo sendo ports ou remakes.
Ou seja, eles sabem que o mercado brasileiro consome, mesmo apertando o bolso, e empurram os preços lá pra cima.
E o futuro? Tem chance de melhorar?
Sendo bem sincero? Não parece que vai melhorar tão cedo.
A não ser que haja uma mudança estrutural:
- Redução real de impostos sobre tecnologia e entretenimento
- Estabilização do dólar
- Políticas públicas que incentivem a indústria de games, tanto pra produção quanto pra consumo
Enquanto isso não acontece, a tendência é clara:
- Game físico? Caríssimo.
- Digital? Cada vez mais caro.
- E a galera migra pra onde? Pro que faz mais sentido hoje: Game Pass, serviços de assinatura, retro gaming e, claro, o mercado cinza (Paraguai, Shopee, AliExpress, etc).
No fim das contas… de quem é a culpa?
A culpa é de um pouco de tudo:
- Impostos altíssimos? Sim.
- Política econômica desastrosa? Sim.
- Empresas que ignoram a realidade brasileira? Também.
- E claro, do cenário global, onde câmbio, inflação e economia fraca puxam os preços pra cima.
Se tem um resumo que define a situação é esse: ser gamer no Brasil nunca foi barato — e em 2025 tá mais caro do que nunca.
Agora me responde aí: você acha que o preço dos games no Brasil é culpa dos impostos, das empresas ou dos dois? Me conta nos comentários.