Quando se fala em jogo de tiro no PS2, a galera sempre lembra dos mesmos: Black, Killzone, SOCOM… tudo clássico, tudo ótimo. Mas e os outros? Aqueles que venderam bem, foram elogiados pela crítica ou caíram no gosto da galera mais underground — mas que pouca gente jogou ou sequer ouviu falar?
Pois é, o PS2 teve MUITO mais do que só pancadaria frenética e tiros em câmera lenta. Teve FPS com narrativa pesada, teve TPS tático com gameplay inteligente, teve até clone de Halo que não fazia feio.
E se você curte descobrir jogo bom que passou batido, se liga nesses 5 jogos de tiro do PS2 que fizeram barulho na época — mas pouca gente conhece hoje.
1. Project: Snowblind
Você piscava e pensava: “Ué, esse aqui não é o Deus Ex com outro nome?”. E não tava tão longe. Project: Snowblind foi desenvolvido pela Crystal Dynamics e tinha uma proposta ousada: misturar tiroteio frenético com habilidades cibernéticas no meio de uma guerra futurista.
Você controlava o tenente Nathan Frost, que ganhava poderes tipo visão térmica, campo de força e hackeamento. A jogabilidade era rápida, os combates intensos e a trilha sonora encaixava bem com o clima de distopia militar. Fez barulho na época, vendeu bem, mas sumiu do radar com o tempo. E é uma pena — porque até hoje é divertido demais.
2. Urban Chaos: Riot Response

Esse aqui é pra quem curte tensão urbana e violência hardcore. Em Urban Chaos, você é um membro da T-Zero, uma unidade tática que enfrenta gangues em uma cidade tomada pelo caos. Sim, é tão insano quanto parece.
O diferencial? O escudo de combate. Você usava ele pra se proteger, avançar entre tiros, e até pra atacar de volta. Isso deixava a gameplay muito mais física e brutal. Tinha clima de filme policial dos anos 90, cheio de efeitos práticos, fumaça, explosão e caos em cada esquina.
Pouco conhecido, mas quem jogou sabe: era uma joia crua, intensa e viciante.
3. Cold Winter
Poucos jogos conseguiram capturar tão bem a vibe de espionagem realista quanto Cold Winter. Esse FPS te colocava na pele de Andrew Sterling, um ex-agente que volta à ativa pra impedir uma conspiração global. Simples? Nem um pouco.
O game tinha gráficos pesados pro PS2, física realista pra armas, destruição parcial de cenário e uma narrativa adulta, cheia de diálogos sérios e reviravoltas. Era mais lento, tático e cerebral do que os concorrentes da época. Fez sucesso no boca a boca, mas foi engolido pelo hype de outros títulos maiores.
Se você curte FPS com mais cérebro e menos gatilho nervoso, esse aqui vai te surpreender.
4. TimeSplitters: Future Perfect
Tá, talvez você até já tenha ouvido falar de TimeSplitters, mas o terceiro jogo da série — Future Perfect — continua sendo absurdamente subestimado. E sinceramente? É um dos FPS mais criativos que já passou pelo PS2.
Viagem no tempo, fases que se cruzam, armas bizarras e um senso de humor que beirava o nonsense total. O gameplay era frenético, os modos multiplayer eram viciantes, e o modo história tinha um dos enredos mais malucos (e divertidos) da geração. Ah, e os controles eram super fluidos, estilo arcade raiz.
Se tivesse saído com marketing pesado, teria virado franquia cult. Mas ainda dá tempo de redescobrir essa pérola.
5. Kill.Switch
Antes de Gears of War virar referência em cobertura e combate tático em terceira pessoa, Kill.Switch já fazia isso — e bem. O jogo foi meio que um laboratório para o que viria depois, e influenciou direitinho o que a geração Xbox 360 e PS3 faria em termos de cover shooter.
Você controlava um soldado sem nome, com foco em se mover entre barricadas, flanquear inimigos e usar cobertura pra sobreviver. O sistema de cobertura com troca de ombro e blind fire era revolucionário pra época. E o melhor: a campanha tinha um ritmo ótimo, sem enrolação.
Talvez tenha sido esquecido por não ter nome forte ou narrativa marcante, mas em termos de gameplay, foi pioneiro.
Tem muito mais tiro do que parece
O PlayStation 2 foi um terreno fértil pros jogos de tiro, mas muita coisa boa ficou no limbo da memória. Esses cinco jogos aqui fizeram sucesso, sim. Alguns venderam bem, outros foram elogiados pela crítica. Só não tiveram o mesmo brilho de Black ou SOCOM porque o marketing não ajudou — ou porque a concorrência era brutal.
Mas isso não quer dizer que não merecem uma chance hoje. Muito pelo contrário: se você curte jogo bom, bem feito e com aquela pegada retrô raiz, vale demais resgatar essas pérolas esquecidas.